RELATÓRIO DE ATIVIDADES – GESTAR

LÍNGUA PORTUGUESA

PERÍODO: Abril a Junho de 2009.

DADOS PESSOAIS:

Nome do formador: SÔNIA CRISTINA SANTOS SCAVELLO GUIMARÃ

E-mail: sscavello@gmail.com / sscavello.gestar@gmail.com

Formação: LETRAS VERNÁCULAS COM INGLÊS

Especialização/Mestrado/Doutorado ( ) Sim ( ) Não

Especifique: ESPECIALIZAÇÃO EM METODOLOGIA DA L. PORTUGUESA

ESPECIALIZAÇÃO EM METODOLOGIA DO ENSINO SUPERIOR

1. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS

• Atividades de estudos/pesquisas

*Abertura do BLOG postando as atividades do Memorial de Leitura e o

Relatório sobre o encontro de formação MEC/UnB.

*Reuniões de estudo com o grupo de Formadores e Especialistas do Programa

GESTAR/BA objetivando discutir as diferenças do Guia Geral edição antiga

MEC/FUNDESCOLA e a edição nova MEC/FNDE..

*Participação na Oficina de Integração com temas da Psicopedagogia para

integrar o Grupo dos formadores novos e antigos de Língua Portuguesa e

Matemática.

*Reuniões de estudo de grupo para leitura dos TPs 1, 2, 3, buscando aprofundamento das temáticas e conteúdos dos referidos módulos com textos e autores diversos que versam sobre o tema.

*Estudos individuais do Guia Geral, TPs 1, 2, 3, bem como leitura de textos e

livros de autores relacionados a esses respectivos conteúdos.

• Atividades de planejamento

*Participação na seleção do processo seletivo dos novos formadores GESTAR/Ba.

*Organização da turmas de cursistas/2009. Contagem do nº de cursistas de L. Port.

Matemática. Separação das turmas pelo dia escolhido para as oficinas e por pólos

• Participação em eventos educacionais

* Participação nas Oficinas de elaboração de Itens de Língua Portuguesa

promovido pelo INEP/PDE/PROVA BRASIL(40h)

• Reuniões Pedagógicas

*Reunião com o grupo de Especialistas de Língua Portuguesa e Matemática para

Elaboração do cronograma das oficinas de 2009.

*Reunião com Formadores e alguns Especialistas de outros municípios para alinhar

a Oficina Introdutória e analisar/discutir os Pareceres e Termo de Compromisso

dos cursistas.

• Dificuldades encontradas para o desenvolvimento de atividade das Oficinas.

*As oficinas propriamente ditas do Programa GESTAR ainda não foram iniciadas na Bahia. Isso se deve a contingência financeira administrativa pelo qual passa o estado. Temos informações que esse problema está sendo sanado e a previsão é que daremos início as oficinas no mês de julho.

Salvador, 19 de junho de 2009.

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REGISTRO REFLEXIVO DA SEMANA DO CURSO

A capacitação para os formadores do GESTAR do Estado da Bahia aconteceu no IAT(Instituto Anísio Teixeira) e no Centro de Educação Oscar Cordeiro na semana de 02 a 06/03/2009. O curso teve a abertura pela manhã do dia 02/03 na Escola Parque localizada no bairro da Caixa D’água em Salvador-Ba e contou com a presença da Coordenadora do Ensino Básico do MEC; da coordenadora da UnB (Universidade de Brasília); do Diretor da DIRFE(Diretoria de formação e experimentação educacional) e do Coordenador do GESTAR Bahia, além dos professores de Língua portuguesa e matemática da UnB e demais formadores da rede estadual(formadores antigos) e da rede municipal(formadores novos).

A ministração do curso teve início na tarde do dia 02/03 no IAT onde tivemos como capacitadora de Língua Portuguesa a profª Isabel Ferreira.

Logo no primeiro dia percebeu-se nessa turma que o curso programado pelo MEC/UnB não correspondia as expectativas dos formadores, pois o plano de trabalho elaborado pela UnB para os novos formadores da rede municipal era similar aos dos antigos formadores da rede estadual.

Creio que o MEC/UnB não sabia ou não considerou a caminhada de 05 anos do GESTAR Piloto e, já em expansão aqui no estado da Bahia. Entendo que precisamos da capacitação oferecida pela UnB e estamos gratificados de tornarmos alunos dessa renomada instituição, pois temos a necessidade de aprofundarmos mais no estudo e pesquisa desse fenômeno que é a nossa língua materna. O que observou-se foi que o plano de trabalho oferecido pela Universidade naquele momento, não contemplava os anseios e expectativas dos formadores. Mesmo porque a estrutura e até a carga horária do GESTAR da Bahia não era a mesma do MEC/UnB.

No decurso da semana em meio a situação meio indefinida e aos questionamentos e mudanças da nova estrutura oferecida pelo MEC e Universidade fomos nos ajustando aos poucos as atividades oferecidas pela profª formadora Isabel Ferreira que tentou adequar o seu plano as nossas reais necessidades.

Ressalta-se, a propósito, a excelente performance dessa professora que diante da situação meio conturbada apresentada na semana do curso, soube conduzir com excelência os trabalhos. A professora demonstrou competência e soube redimensionar as ações quando necessário. Além disso ela soube também, conquistar a turma com seu jeito calmo e humilde apresentando sensibilidade diante das queixas e questionamentos da turma.

Contudo, salienta-se a importância dessa semana de capacitação que nos proporcionou trabalhar de forma analítica o caderno complementar do Programa GESTAR II que é o AAA(Caderno de apoio a aprendizagem do aluno); nos oportunizou discutir e debater alguns temas e conteúdos como “gênero” e “tipos” , além da excelente oportunidade da troca de experiência entre os formadores locais e do interior do estado.

Sônia Cristina Santos Scavello Guimarães

Prof. Formadora do GESTAR/Bahia

Memorial de Leitura

MEMORIAL DE LEITURA

“O narrador conta o que ele extraí da experiência sua

própria ou aquela contada por outros. E, de volta, ele

torna experiência daqueles que ouvem sua história.”

(Walter Benjamin)

Iniciei minha vida escolar aos 06 anos de idade numa banca de escola que era vizinha a minha casa na cidade de Santo Antonio de Jesus interior do estado da Bahia. A profª Gilda, amiga de minha mãe era uma profª leiga, severa que tinha uma grande motivação de alfabetizar crianças. Aprendi com ela as primeiras letras e, consequentemente o processo de aquisição da leitura e escrita. Ela elogiava-me dizendo a meus pais que eu era muito inteligente e interessada e aprendia sem dificuldades. Posso afirmar que fui muito bem alfabetizada, apesar daquela professora não possuir a qualificação devida e no estilo tradicional baseado exclusivamente no estudo da cartilha ela pode me ensinar também, o mais importante, que é gostar . ter o prazer em adentrar a esse mundo da leitura e escrita.

Aos 07 anos de idade ingressei numa escola pública de ensino fundamental, onde estudei as séries iniciais e tive professores excelentes que me deram muita motivação, também com a convivência dos livros.

Eu cresci num ambiente familiar e escolar ouvindo sempre elogios a minha inteligência e interesse pela vida escolar. Isso pra mim foi um alicerce importante, pois quanto mais as pessoas teciam comentários positivos, mais crescia a minha responsabilidade de dar o melhor de mim.

As séries subseqüentes também, tive excelentes professores que me estimularam bastante o gosto pela leitura. Eles trabalhavam com grandes escritores da literatura brasileira e estrangeira como Monteiro Lobato, Jorge Amado, Graciliano Ramos, Aloísio de Azevedo, Paulo Coelho, Nieztiche, entre outros que marcaram bastante minha trajetória colegial. Além da gama de livros indicados eram sugeridos também, revistas como Exame, Isto é, Veja, Globo rural, Superinteressante. Na verdade, eram leituras bem encaminhadas e por isso mesmo, significativas. Por conta disso desde sempre, obtinha as melhores notas da turma e era convocada pelos professores para monitorar os outros colegas.

Meu encanto pelos livros e consequentemente pela Língua Portuguesa me levou a fazer, claro, o curso de Letras Vernáculas com Inglês. Nesse curso pude agregar conhecimentos práticos aos teóricos e continuar nessa maravilhosa saga de leitora. Vários foram os livros lidos e sugeridos pelas disciplinas do curso. Mas, lembro-me do professor de literatura inglesa que me indicou um escritor que foi apontado como um marco clássico da literatura norte-americana, Edgar Allan Poe. Li , alguns livros desse escritor que eram interessantes e arrepiantes pelo seu romantismo negro e sua literatura de ficção científica e fantástica de mistérios e suspenses e que marcou bastante a minha caminhada como leitora.

“Lembrança puxa lembrança e seria preciso um

escutador infinito”. (Alfredo Bosi, 1995)

Devo destacar também, a minha experiência como docente nas escolas públicas da rede estadual e municipal, que influenciada pelos meus professores tento fazer mesmo trabalho de despertamento outrora vivenciado. Devo afirmar que é um desafio, na verdade, em meio a concorrência e competitividade dos meios tecnológicos oferecidos aos nossos alunos nessa geração.Mas com estratégias e metodologias de trabalhar com projetos de leitura vou desbaratando essa grande barreira hoje, nas escolas com o fator leitura.

Salienta-se no entanto, o meu trabalho desde de 2001 como formadora do Programa GESTAR que proporcionou adentrar mais ainda nesse fenômeno que é a nossa língua materna. Devo dizer com isso da necessidade proeminente de buscar e pesquisar e ler fontes de livros técnicos para o aperfeiçoamento desse trabalho. Sinto-me agraciada e gratificada com depoimentos de professores cursistas que falam do meu trabalho de incentivo a leitura deles próprios e dos seus alunos. Isso deve a formação proporcionada pelo Programa que está relacionada com o desenvolvimento da identidade desse profissional que ajudamos a formar e uma maneira de isso acontecer é levá-lo para o mundo da construção dos sentidos pela leitura.

Devo concluir afirmando que a leitura pra mim sempre representou e representa o maior grau de importância na minha formação e crescimento intelectual e crítico dentro da sociedade. Nesse sentido penso a leitura como uma atividade que permanece, ou seja, que atravessa o tempo, em continuidade, em repetição em compulsão. “Por isso, o aprender da leitura dá, às vezes, a impressão de que não se aprendeu nada”(LARROSA,2003, p.146), sempre teremos algo para ler, para investigar, para aprender. Em síntese, tenho o conceito de leitura como diálogo, como prática dialógica de apreensão de vozes do Outro (BAHKTIN,2003), que além de fornecer ao leitor subsídios para uma ação reflexiva, permite-lhe o desenvolvimento de sua autonomia como ser situado nos vários contextos do qual faz parte.

Sônia Cristina Santos Scavello Guimarães

Prof. Formadora do GESTAR/Bahia

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